segunda-feira, 29 de março de 2010

Entrevista e MP3 nova do Alternativa C

O Grupo Alternativa C. está de volta e mais uma vez revoluciona com seu novo trabalho musical que tem o titulo de ” CRENTE QUE MATA CRENTE “. É o 1° grupo de RAP Gospel a lançar o trabalho musical em SMD ( Semi Metalic Disc ). O novo trabalho do Grupo Alternativa C. vem acompanhado de uma belissima Revista + Poster Gigante ! Todo material é original, fabricado pela multinacional Microservice e tem o valor de apenas R$ 6,00 ! . Este é o Grupo Alternativa C. , que além de se procupar em oferecer uma música conciente e de boa qualidade, se preocupa com o bolso do consumidor.

Baixe e escute a música “Pelo Próximo”

Pelo-proximo-AlternativaC.mp3

Quantos CDs gravados?
R: O grupo Alternativa C. tem 3 álbuns gravados sendo 2 CDs e 1 SMD, o 1° foi o CD “Apenas Começando” – 1998, o 2° foi o CD “Porque a cor incomoda?” – 2004, e o 3° é o SMD ” Crente que mata crente”, que chega da fabrica, agora dia 20/04/2010 e será lançado pela SDC Produções e BN.Laboratório.

SMD o que é? E por que optaram por este tipo de produto?
SMD significa (Semi Metalic Disc) que com uma nova tecnologia, abordagem inovadora, criativa e rentável,em mídia 100% brasileira, reduziu o preço de comercialização de um Compact-Disc ( CD ) em quase 80%, com mudanças simples do padrão visual e garantia da qualidade da obra, aliadas a este método inovador. O Grupo Alternativa C. , é o PRIMEIRO GRUPO GOSPEL, a lançar seu trabalho em SMD e optou lançar seu novo trabalho musical em SMD, visando disponibilizar a música a todos os cidadãos comuns por um preço justo. Sabendo que essas mudanças representam uma verdadeira revolução cultural, além do SMD, O novo trabalho do Grupo Alternativa C. vem acompanhado de uma belíssima Revista + Poster Gigante ! Todo material é original, fabricado pela multinacional Microservice e tem o valor de apenas R$ 6,00 ! . O Grupo Alternativa C. que além de se preocupar em oferecer uma música consciente e de boa qualidade, se preocupa com o bolso do consumidor este é o um dos motivos pelo qual esta lançando seu trabalho em SMD.

Qual a formação atual do grupo Alternativa C. ?
O Grupo Alternativo C. passou por algumas formações e hoje é formado por Mc Dom e J.Mc os dois Mc’s, compositores e produtores também, nos conhecemos a três anos atrás através da internet ,eu [J.Mc] tenho um som chamado “A firma Cresce” no qual teve a participação do Mc Dom e saiu em seu Cd solo (Soldado na Rima) e através daí fui convidado a fazer parte do Alternativa C. e a trabalhar junto nesse novo Álbum “Crente que mata Crente”.

Qual o propósito deste titulo do novo trabalho “crente que mata crente” ?
Ao contrario do que muitos venham a pensar, que é falar mal ou denegrir a imagem do cristão, o titulo é um alerta a igreja do SENHOR JESUS CRISTO, pois há situações dentro da igreja que precisão ser tratadas e resolvidas, para que o individuo envolvido seja exemplo para os outros irmãos da comunidade, coisas como, falta de amor, injustiça, prepotência, arrogância, disputas, partidarismos, interesses pessoais, homossexualismo, abuso de poder pelo cargo ocupado e demais, não fazem e nem podem fazer parte da igreja que é lavada e remida no SANGUE DO CORDEIRO DE DEUS, e essa é a intenção do titulo e da mensagem contida na musica.

Vocês são Gospel ?
Sim somos e gostamos de deixar isso bem claro, já li em entrevista de grupos que dizem não ser Gospel e fazem musica pra tocar na igreja, afirmando que não gostam de carregar titulo e que fazem musica e que a musica não tem barreira e etc.., mas a bíblia nos deixa bem claro nas palavras de JESUS que ninguém pode agradar a 2 senhores por que a de agradar a um e aborrecer a outro,ou você é sal e luz ou não é.

Pra vocês quem é Jesus ?
Ele é o nosso SALVADOR PESSOAL, o único acesso diante de DEUS João 14:6 , JESUS é aquele, que veio encarnou como homem, morreu, ressuscitou, vive e voltará para buscar sua igreja, ele é o Príncipe da paz , o CORDEIRO de DEUS que tira o pecado do mundo ,o único em que o homem tem chance de misericórdia e graça da parte de DEUS, por causa de seu sacrifício na cruz do calvário.

O Alternativa C. esta na estrada desde 1994, o teor da mensagem ou o fundamento mudou ?
De forma alguma o teor é o mesmo e o fundamento é o mesmo, transmitir a verdade que liberta, João 8:32, nosso foco é Cristo e falar de Cristo através da rima é a nossa meta.

Em termos de musicalidade o que o publico pode esperar de novidade ?
Nesse novo trabalho nos preocupamos muito com as instrumentais sabemos que são muito importantes as mensagens que passamos, mas claro que se o instrumental não for bom muitos nem querem ouvir a mensagem. Está bem diferente dos discos anteriores com estilos como Reggaeton, Gangsta e até Romântico. Temas como o som “Rumores de Guerra” que citamos os acontecimentos atuais e que se encaixam inteiramente na Palavra de Deus provando assim que não existe nada mais do que a verdade nas escrituras sagradas. Produções diversificadas, pois somos Mc’s com influências musicais diferentes.

Eu Mc Dom sou um pouco sistemático e exigente quanto ao que escuto ,não consigo ficar ouvindo musicas que tragam mensagem vazias, sem nexo e com conteúdo de baixo nível, gosto de ouvir boa musica , principalmente as que tenham historias , mensagens inteligentes com informação e bom ritmo , mas mesmo procurando me manter atualizado no cenário musical, procuro sempre pedir a DEUS que me dirija e me inspire nas novas composições e produções que faço pois ELE é minha maior influência.

Eu J.Mc ouço muita novidade, não consigo ouvir a mesma coisa por muito tempo costumo ouvir sons de diferentes idiomas e que também diferenciam nas instrumentais para não me tornar como muitos que por escutar muito o mesmo grupo se tornam clones no estilo.

Essa musica que vocês disponibilizaram para download aqui no portal rap nacional, tem uma mensagem bem atual, fale um pouco a respeito dessa musica.
“Pelo Próximo” é uma musica que fala de doar-se pelas pessoas, é uma musica que fala sobre amor ao próximo e este próximo muitas vezes esta do nosso lado e queremos ajudar quem esta em outra cidade ou outro país , não que seja errado ajudar quem esta longe não é nada disso, o que a letra fala é que temos ajudar as pessoas e se não ajudamos quem esta ao nosso lado como podemos querer ajudar quem esta tão longe qual a lógica?, a musica também fala de se contentar com as coisas boas que DEUS nos da e que já temos mas muitas vezes não as valorizamos , como um pacote de bolacha , um cafezinho , chuveiro , cama , família, saúde e tantas coisas boas que são benção de DEUS na nossa vida!

Mc. Dom, você que esta a mais de 20 anos no hip-hop, mc e rapper é a mesma coisa ?
Não, de jeito nenhum porque o Mc é um elemento do movimento hip-hop, da cultura hip-hop, ele conhece a história e faz parte dela, respeita seu trajeto e sabe que o movimento hip-hop é mais do que uma musica é a cultura da rua, manifestada como arte, informação e entretenimento, já o rapper é alguém que rima, tem talento mas não se interessa pela cultura ele acha que só sua rima já o transforma em um Mc e não é bem assim, pois o hip hop não é moda .

Quanto tempo de estrada?
Anos de estrada desde 1998 Comecei quando formei o grupo R.N.V fazia parte junto com o Mc L meu irmão de coração e que Hoje faz parte do grupo NOIS e Participa do Som “Não morrerei” Remix que esta no novo Álbum do Alternativa C., Tínhamos uma posse chamada “Banca Nervosa” que arrastava muita gente com nossa Bandeira Gigante nos Eventos vários em Ferraz de Vasconcelos, Guaianases fazíamos muitos eventos na Zona leste, surgiu daí o selo Laboratório BN BN de (Banca Nervosa) Lançado por mim de onde saíram muitas das produções do novo álbum do Alternativa C.

Mensagem.
Espero que tenhamos atendido a todas as expectativas demorou mas saiu e creio que é no tempo de Deus, que ele abençoe a todos que tiverem acesso a esse novo trabalho no qual demos o melhor de nós e que foi feito com amor e muita dedicação! Um forte abraço aos irmãos que participaram do Álbum, Profecia Final, Rick Lira, Mcl, Grillão, Kleber Am(The Brothers) e PR.Robson Nascimento , Beto Santos, Ananiase, Oseia Brandão , Agnes Jamille, Bruno Boina , Pr Alenxandre Maiha , Gileade , Miss Adriana e por ai vai , Eu J.mc Mando um beijo pra minha noiva Angelica que trabalhou na edição do nosso Myspace!
Eu Mc.Dom quero agradecer a todos que direta ou indiretamente tem nos ajudado nessa longa caminhada , Um beijo pra minha amada esposa Aline Ayres que tem dedicado boa parte do seu tempo para cuidar do Grupo Alternativa C. com todo amor e carinho Te amo !
Saiba você irmão(a) que não a outro caminho que conduz o homem ao PAI e a vida eterna a não ser o NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, joão 14.6 e joão 3.16 .
Um forte abraço e que DEUS te abençoe.

Grupo Alternativa C.

Para contatos e compras do SMD+REVISTA+POSTER GIGANTE Por apenas R$ 6,00 !
ACESSE: www.grupoalternativac.com / www.myspace.com/alternativac
Msn sdcproducoes@hotmail.com
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Mixtape: Homenagem a Dina Di


Postado por Mandrake em 28 de março de 2010 ás 19:51
Mix 23 (Capa)
Mixtape: Homenagem a Dina Di | leia esse artigo

Uma singela homenagem a finada Dina Di (Visão de Rua), que faleceu nodia 20 de março, vítima de infecção hospitalar generalizada. Reuni 12 de seus principais sucessos. Vai fazer falta no rap. Que Deus a tenha.

01 Deí – Abertura

02 Dina Di e Lakers – Mente engatilhada

03 Dina Di e RZO – Intro

04 Dina Di, Kid Nice e Ndee Naldinho – Essa é a lei

05 Visão de Rua – Periferia é o alvo (com Kid Nice)

06 Visão de Rua – Herança do Vício (Ao Vivo)

07 Dina Di e Sistema Negro – Deus cria, a rota mata

08 Visão de Rua e Negra Li – Vem Vê

09 Visão de Rua e W-Gi – Minha alma chora

10 Visão de Rua – Meu filho, minhas regras

11 Visão de Rua – Marcas da Adolescência

12 Visão de Rua – A Noiva do Tchock

13 Visão de Rua – Confidências de uma presidiária

14 Deí – Encerramento
CLIQUE-AQUI pra fazer o download

domingo, 28 de março de 2010

Projota: Pelo Amor

E os singles nacionais continuam a pipocar pela rede. Detsa vez, mais uma oferenda proveniente da Na Humilde Crew; depois da ótima "E Se", do MC Rashid, é a vez do seu amigo Projota lançar "Pelo Amor" e manter o nível elevado neste início de 2010 em terra brasilis. Além disso, a nova faixa serve como um aperitivo para a mixtape que o emcee paulista planeja lançar em agosto, intitulada "Projeção".

O interessante é que "Pelo Amor" mostra como os amigos Emicida, Rashid e Projota abordam a arte de fazer rap de uma maneira bem parecida, mas ainda conservando suas características individuais. É a tal capacidade que eu havia sinalizado no texto sobre a mix do Emicida, de conseguir linkar na temática e na atitude a velha escola do rap, com sua atenção voltada para a favela, e a nova escola, com novas opções e menor tendência para a violência nas rimas. Na nova faixa de Projota, isso fica claro: os versos são do emcee para o seu povo, tocando em questões como consumismo, preconceito, ascensão social. Tudo com a ajuda de DJ Caíque, que continua numa regularidade impressionante e provê Projota com mais um ótimo beat. As caixas são novamente pesadas, e aquele pequeno sample vocal que aparece esporadicamente dá um tom meio que religioso que casa perfeitamente com o refrão do single.

A diferença é que Projota domina tanto a mensagem quanto a forma de passá-la. Os dois primeiros versos do single mostram isso perfeitamente: "Quem é Pereira da Silva não tem que querer ser Albuquerque / vivo entre baque, os back, os click, os clak choca os pé de breque". Uma punchline, um travalíngua e, tenho certeza, você captou rapidinho a mensagem, mesmo tendo de voltar dez vezes para entender exatamente o que o emcee disse. Na verdade, "Pelo Amor" é repleta de frases de efeito e jogos de palavra, que só realçam o poder da mensagem que Projota propaga - a saber: uma espécie de chamamento do povo à "guerra", numa luta pela vitória, por uma vida melhor. E o rapper constroi este discurso mexendo com as motivações destas pessoas, falando, por exemplo, dos percalços com as "window shopper" e a "cartilha de perdedor".

Baixe aqui o single "Pelo Amor"

Bom, esta é a minha interpretação de "Pelo Amor". Mas que tal saber um pouco sobre a criatura com o próprio criador? Confiram um rápido bate-papo com o Projota:

Boom Bap: Eu tenho uma interpretação da mensagem que você passou com essa música, mas queria que você falasse por si. O que você quis passar para as pessoas com "Pelo Amor"?
Projota: Eu tenho uma parada, mano, que raras são as vezes que sento pra escrever com um tema ja pré estabelecido. Então, eu simplesmente vomito os pensamentos! Nos últimos tempos tenho escrito as letras de acordo com as batidas que produzo ou recebo. Eu trouxe a batida do Caíque pra casa e , quando sentei pra escrever, foram esses pensamentos que surgiram!
Começa como um desenho na mente, saca? Visualizei uma parada de exército mesmo, exército de trapos, liga? Algo inclusive que já me leva pro caminho que pensamos pro clipe do som.

Respondendo mais diretamente à pergunta: eu começo, na real, com um desabafo mais pessoal. É o grito de "Pelamor" MEU PRÓPRIO. Sobre pessoas que querem dividir sempre, causar intrigas, principalmente na cena do rap; e dali eu parto pra esse caminho mesmo; tentar mostrar o quanto toda a forma de DESUNIÃO é uma arma contra nós mesmos. É um rap que fala de união. Acho que unidos nem seria necessário se criar uma guerra. Não haveria exército que enfrentaria o povo realmente unido, o simples fato de estarmos juntos nos daria vitória, saca? Acredito que o rap e o Hip-Hop são uma prova viva disso. Por isso esse rap! Tento, através dele, continuar algo que muitos vêm fazendo. Essa é a intenção do rap: uma CONVOCAÇÃO!

BB: Como foi esse encontro com o DJ Caíque? Como vocês construíram juntos a música?
Porra, o Caíque é foda, mano! Foi um cara que me convidou pra participar da mixtape dele, a gente nunca tinha se visto pessoalmente, e eu aceitei. A gente construiu essa musica com sintonia, mano. A gente tem gosto muito parecido pra produção musical. Minhas rimas prezam o sentimento e o respeito à melodia; as batidas dele prezam a EXISTÊNCIA DE MELODIA e o sentimento nessa melodia. Casamento musical perfeito! Ouvi a batida na casa dele, trouxe pra casa, escrevi no dia seguinte e já avisei: "Meu rap mais foda tá pronto, e eu vou gravar aí, vai pra mixtape e nós vamos soltar ele agora no início do ano já como single. O resto é trabalho (risos).

BB: Você falou sobre o clipe do single. Fale um pouco sobre a ideia. Já está a caminho?
Isso é impossível, porque ainda não fechamos com ninguém que venha a produzir mesmo. Temos a ideia e, agora com a música na rua, vamos ver a melhor forma de ser feito. Mas o roteiro tá todo na minha cabeça ja!

BB: E como é o roteiro?
Essa parte vamos deixar no sigilo mesmo, mas existe uma GRANDE probabilidade dessa musica ser a fonte do meu primeiro clipe.

BB: Mas lá em cima você deu a dica que tem esse clima de exército...
Mais ou menos isso. Sem ser clichê, sem ser óbvio, de uma forma original. É mais pro lado do que eu trato na letra mesmo.

BB: O single é uma convocação. A gente pode esperar que na mixtape tenhamos desdobramentos desta convocação ou vai ser algo mais diversificado, sem ficar tão preso a estas questões que você levantou nesta faixa?
Eu sou meio doido nessas paradas. A mixtape é "Projeção". Sinceramente ainda não desenhei nada na mente, porque apenas começamos as composições. Mas meu EP "Carta aos Meus" conta uma história, eu tenho na cabeça um filme inteiro pro EP, como o o do álbum "The Wall", do Pink Floyd. Talvez a mix tenha um desenho, não com relação à convocação, mas com relação a essa "Projeção".

BB: E o que seria essa projeção então?
Eu trabalho com metas, e acredito que esse ano marque a real projeção da minha carreira. A projeção do meu nome na cena. Deixar de ser uma promessa, saca? Acredito que essa mixtape será a forma de adquirir essa real projeção. Muita gente já se deu conta de que não somos mais promessas, isso posso dizer sobre mim, Rashid, entre outros caras que começaram com a gente.
Mas a mixtape vai ser como o cartão de entrada.

BB: Eu percebo um denominador comum no estilo de rap que você, o Emicida e o Rashid fazem. Vocês são uma "nova escola", mas nao deixam de falar da favela, embora de uma forma diferente da "velha escola". Você concorda com isso?
Eu não somente concordo como digo que, ao menos por minha parte, é algo pensado. Não forçado, mas sim pensado. Comecei a fazer rap ouvindo essa velha escola e [nas] minhas letras, no início, a maior influência que tinha era Helião! Depois, quando conhecemos akela nova safra, de Slim, Kamau, Max BO, Marechal, acho que parti pra um outro rumo. Esqueci um pouco aquela origem. E, já há alguns anos, um dia eu realmente tive essa conversa comigo mesmo, e percebi que tava tudo errado o que eu estava fazendo. E foi quando comecei realmente a encontrar minha originalidade dentro das composições. Consegui misturar todo tipo de influências, acho necessário isso.

Eu tenho uma teoria que é a teoria do Capitão Planeta. Parece besteira, mas não é (risos). No desenho do Capitão Planeta eram cinco jovens que representavam uma força: água, fogo, vento, terra e coração. Quando uniam tudo surgia o Capitão Planeta, saca? Então aos poucos eu tentei misturar minhas influências. É como se você fosse um Frankenstein: tu pega o que cada um tem de melhor, água, fogo, vento, terra... O coração é a sua vida, sua vivência, sua contribuição própria pra isso. Daí tu faz aquilo que pra VOCÊ é o que tem de melhor numa composição. É o que tentei fazer.

Eu cresci com o Rashid. Aprendemos a fazer rap juntos, a fazer freestyle juntos. É um dos meus melhores amigos. Melhores amigos compartilham opiniões, ideias e ideais. Então nada mais comum do que encontrar semelhanças. [O] Emicida conhecemos depois, e fomos extremamente proximos ali por anos, fazendo MUITOS trabalhos juntos. E se isso aconteceu, se surgiu essa amizade e parceria musical. é exatamente porque eu e o Rashid compartilhávamos também os mesmos ideais e ideias que o Emicida. Daí surgiu a aproximação. Entre tantos MCs que conheci, foi com esses que mais me identifiquei e estabeleci ligações tão fortes.

BB: Cara, me fala um pouco sobre a mixtape. Participações, produtores envolvidos... Em que estágio ela se encontra?
A mixtape vai contar com músicas já antigas que não saíram em nenhum CD, músicas do EP "Carta aos Meus" e principalmente musicas inéditas. Na produção terá bastante coisa minha, do Dj Caique e do Apolo (do grupo Pentágono). O Apolo produziu meu trabalho durante dois anos, então toda música antiga que surgir na mixtape terá assinatura dele, né? Tenho outros nomes de produtores, mas como nada foi fechado mesmo, prefiro deixar no sigilo, pra não criar falsas expectativas. [Quanto a] MCs, por enquanto particpação do Rashid, do Artigo, que trabalhou comigo no meu primeiro grupo de rap, um novo MC aqui da minha quebrada que se chama Phill, e eu acredito muito no moleque, vai ser maneiro isso também. E também provavelmente outras coisas que é melhor a gente segurar. Como eu disse, mal começamos a produzir as inéditas, então todas as participações ainda surgirão.

Penso em torno de 17, 18 faixas, sem ser mixado por DJ. Quero montar o CD em formato de álbum mesmo, acredito que se perde muito da musica quando corta introdução e final. O nome é mixtape, mas muita gente se preocupa tanto com o lance do mix, e entendem que é necessário que as faixas venham mixadas uma na outra, e nem percebem que a palavra mais marcante do termo é o tape, e hoje em dia a gente lança em CD e não em fita.

sábado, 27 de março de 2010

Big & Pac

A rivalidade entre as costas leste e oeste começou em meados dos anos 90, entre artistas e fãs das cenas locais de hip-hop. Os pontos focais da briga eram de um lado (leste) o rapper Tupac Shakur e sua gravadora, a Death Row Records; e, do outro (oeste), Notorious B.I.G e o selo Bad Boy Records, de Sean "Diddy" Combs (na época apenas Puff Daddy).

Uma guerra que envolveu ressentimentos declarados, muitos mal entendidos e o peso da grande mídia, mas que ao mesmo tempo levou à criação de grandes hits ofensivos como "Hit 'em Up" e "Brooklyn's Finest", por exemplo. Em uma entrevista (traduzida no Noticiário Periférico), Notorious B.I.G diz que se tivesse resolvido as coisas diretamente com Tupac, seria mais fácil:

Revista Vibe: Quem são eles?
Notorious: A midia. Tupac nunca disse: "todos vocês da West Coast tem que odiar a East Coast" e eu nunca disse: "todos vocês da East Coast tem que odiar a West Coast". Eles fizeram o seguinte, ele é do West, eu sou do East... Então é East contra o West.


A história acabou mal, óbvio, com os dois rappers assassinados.

Mas em 1999, algo aconteceu. Afeni Shakur e Voletta Wallace, mães dos artistas, apareceram em público no VMA para apresentar o Melhor Clipe de Rap do ano. Com uma mensagem de esperança, disseram basicamente que apesar de tudo estavam unidas cuidando do legado de seus filhos e que estavam lá para mostrar como a fé, amizade e esperança podem aproximar as pessoas.

Um vídeo sensacional e histórico para o hip-hop!



Fica uma bela lição aos poucos rappers de hoje em dia: existem coisas que vão muito além da sua marra e sua cara de mau. E não é preciso ser o John Lennon pra fazer do seu mundo um lugar melhor.

Entrevista com Shekinah Rap


Salve Familia!

A Vanguarda juntamente com o Escrita Hip Hop fez uma entrevista muito interessante com um dos grupos de Rap gospel com mais acensção no cenário atual, Shekinah Rap. Vale a pena conferir...

"Eu tenho a oferecer muito mais do que rimas, eu ofereço vida."
(Shekinah Rap)


Entrevista Shekinah Rap:

1) Vanguarda & Escrita: Mesmo pregando o evangelho nas letras, o rap evangélico aborda praticamente os mesmos temas de um rap gangsta por exemplo (crime, drogas, rua, periferia, etc). Como é mesclar estas duas vertentes do Rap visando o evangelho como base ?

Biorki: Primeiramente paz a todos! Seguinte mano, pra gente tudo é muito claro apesar de parecer duas coisas totalmente opostas, mas acreditamos que se anunciamos o evangelho de Cristo o barato tem que ser feito como Ele fazia, e Jesus sempre direcionou a parada pra essa realidade, se a Bíblia fosse escrita hoje com certeza encontraríamos Jesus pregando em alguns pontos de drogas, ou salvando vidas dentro de alguma quadrilha... Por que o evangelho é solução pra tudo isso, por isso mesclamos de maneira simples isso tudo, por que entendemos que Rap evangélico tem um efeito diferente na igreja do que tem na rua, pois na igreja ele edifica quem ouve epode ser usado como louvor a Deus mas o ponto principal é que o Rap tem que ser direcionado pra ajudar quem ouve, então entendemos que a rua é o local certo pro Rap levar socorro, sendo ele evangélico ou não.

2) Vanguarda & Escrita: Muitos seguidores do Rap não toleram grupos/cantores se apresentarem na mídia, intolerância causada na maioria das vezes por culpa dos próprios grupos em questão. Qual é a postura do público seguidor do Rap evangélico e do próprio Shekinah nesta questão?

Biorki: A nossa em particular é o seguinte mano, Rap é música como qualquer outra música, e se a gente tem alguma coisa pra passar, por que não na tv? hoje o rap discuti essas coisas de bobeira mano, por que lá atrás um grupo não aparecia na TV, aí todo mundo acha que o Rap não pode aparecer na midia, isso é complicado e se pá esse pensamento empacou e muito nossa caminhada nos anos que se passaram, tá ligado?
Shekinah Rap já toco até em bar mano..s e uma tv chamar a gente vai também com certeza.

3) Vanguarda & Escrita: As dificuldades no “Rap gospel” é superior ao de protesto (por exemplo) ?

Biorki: é complicado medir quem tem mais dificuldade (rs), mesmo por que eu não costumo dividir muito entre gospel e não gospel... o meu rap é gospel por que trago a solução a luz da bíblia, mas não deixa em momento algum de ser protesto, pra nós,Rap é Rap e pronto, e sendo Rap tem dificuldade mano, por que a parada é zica mesmo e incomoda quem ainda não entende, todos enfrentamos preconceitos e temos que bater mais forte pra ver as portas se abrirem.

4) Vanguarda & Escrita: Nos fale um pouco sobre esse novo CD que está por vir. E por que o atraso em seu lançamento?

Dj Morgado: Antes de tudo é preciso lembrar que estamos falando de ‘mercado’, meio que naturalmente enfrenta todos os tipos de barreiras pois tudo é praticamente movido por dinheiro e tempo. Conhecemos vários grupos com vários CDs lançados, acredite, uma grande parte desses trabalhos sofrem algum atraso para chegar até as lojas.
Começando de nós mesmos, seguramos um tempo e trabalhamos até entendermos que o disco chegou em um bom nível, depois entra questões de gravadora e tal. Tudo é preciso ser feito da melhor forma e no melhor tempo. Quando o disco chegar queremos que o público entenda que valeu a pena a espera.

5) Vanguarda & Escrita: Sabemos que todos nós (em geral) queremos dinheiro. Mas como você enxerga as questões de grupos tratarem o Rap como “Rap comercial” apenas só com o intuito de ganhar o dinheiro?

Biorki: Eu acho complicado falar disso, por que uma coisa é você querer ganhar um dinheiro em cima de um trabalho sério e feito com amor, movido pelo amor a parada, e outra coisa é você fazer o que todos esperam que você faça pra ganhar um dinheiro. Acho que o rap é mercado também, claro... gravar um disco e dizer que não quer ganhar dinheiro é conversa pra boi dormir, mano, todo mundo que ta no jogo quer levar o seu, e isso é justo mano... mas é você quem decidi o valor das parada... pode valer só alguns reais ou pode valer a moral, postura, conduta a alma ta, entendendo? Resumindo, eu acho válido se fazer um trabalho sério e ganhar dinheiro com isso, e acho falso fazer isso movido só pelo dinheiro. O fato é que antes de QUERER ele, nós simplesmente PRECISAMOS dele, por isso (musicalmente falando) chamamos isso tudo também de “trabalho”.



6) Vanguarda & Escrita: Nos fale mais um pouco sobre o grupo, e de onde provém o nome “Shekinah” ?

Biorki: Meu o grupo já tem 10 anos, ta ligado?... de correria. O primeiro disco saiu em 2006 com o título é ‘Mais Que Poesia. O segundo disco tá a caminho já, e o nome dele é ‘Rimas de Sangue’, Shekinah é uma palavra hebraica que no original quer dizer ‘A GLORIA DO SENHOR MANIFESTA’ ou ‘HABITA’ ta ligado? E aí tive a idéia de somar ‘A Glória do Senhor Se Manifesta no Rítimo E Na Poesia’.

7) Vanguarda & Escrita: Vocês ficaram satisfeito com o “retorno” do primeiro cd? (Mais Que Poesia)

DJ Morgado; Cara, claro que ficamos muito felizes, pois tudo foi além do que esperávamos. Além da repercussão, nosso principal alvo foi atingido, queríamos ver as pessoas simplesmente ouvirem o que você tem a dizer e mudarem de vida. Depois que surgiu um Eminem, quantos ‘Eminems’ apareceram posteriormente devido a influência que as letras dele exerceu nos EUA. Poder falar o que Jesus falou dois mil anos depois de sua vinda como homem na terra e você ver o efeito poderoso ainda nos dias de hoje é algo incomparável. Administrativamente sabemos que o disco poderia ter andado muito mais, mas quanto ao alvo do conteúdo sabemos que foi (e tem sido) muito bom.

8) Vanguarda & Escrita: Shekinah Rap costuma abordar músicas em um estilo de “histórias”, isso é uma maneira de fazer o ouvinte prestar mais atenção nas letras, ou é apenas opção?

Biorki: Particularmente eu amo escrever história, ta ligado, e eu acho que funciona legal no Rap, sempre funcionou, claro que ás vezes fica um pouco taxado, e se vê também várias coisas ruins nesse sentido, mas acredito que quando se faz direitinho é legal, sempre gostei de ouvir Rap de história e no início não conseguia escrever... O Fábio Macari foi quem me abriu os olhos pra escrever histórias... E hoje é meu estilo predileto de letra que faço.

9) Vanguarda & Escrita: Quais os maiores defeitos e qualidades do RAP ATUAL?

Biorki: Qualidades tem um monte... Defeitos se pá tem mais ainda, acho que a evolução musical é uma qualidade, as musicas estão mais bem produzidas (não todas, rs ) mas uma boa parte ta correndo atrás de fazer bem feito e isso é bom, entre os defeitos, o que eu acho pior é ainda muitos grupos escreverem sem pensar no estrago que as "letrinhas" faz na cabeça de um favelado de 14 anos, o Rap cresceu ta ligado? e tem filhos... precisa aprender a se portar como adulto, como pai de uma multidão, ta ligado?... e acho que da parte de alguns isso ainda não aconteceu.

Dj Morgado: Cara, talvez uma qualidade notória do Rap é a persistência pois com pouco recurso (e muito suor) se faz Rap. Outro ponto (sem dúvida) são muitos caras que estão envolvidos na parada, conhecemos pessoas que com certeza são exemplos pra molecada, humildes, trabalhadores e com sede de mudança. Claro que Queria poder citar mais qualidades (espero que chegue esse dia) mas infelizmente tem muita coisa ruim acontecendo no Rap hoje. Aproveitando a resposta do Biorki queria dizer que apesar da busca (já vemos o resultado positivo) muita gente no Brasil ainda não aceita a acréscimo que vem rolando musicalmente falando. O Rap não ta só mudando, ele tem crescido e infelizmente você ouve pessoas reclamando de você usar sintetizadores nos instrumentais como se tivéssemos que usar sopros, violinos e pianos pra sempre. Eles já serão usados enquanto existir ouvidos, porém música é assim, é algo infinito, não se pode limitar, mano. Isso pra não falar de manos que não mudam as letras, né? Quem dirá a linha de som?

10) Vanguarda & Escrita: O CD Rimas de Sangue fala do sangue derramado nas ruas, reflexo de uma sociedade que deixou de lado o amor, o respeito a vida, para ir a procura de suas ambições pessoais. Como é tentar mudar essa situação atráves do Rap?

Dj Morgado: Mano, é simples. Obviamente um carro não anda sem combustível. O Rap não pode mudar nada pra melhor se não tiver o que faça ele andar pra isso. Não fazemos Rap usando a Palavra de Deus, pelo contrário, queremos ver a Palavra de Deus usando o Rap. Quando isso acontece aí sim você vê as melhorias. Você já ouviu falar de alguém que deixou uma facção criminosa ouvindo alguém desorientado cantando um Rap? Por falar em carro, existe outro ponto. Um carro na mão de alguém que não sabe dirigir com certeza pode causar muitos danos. Têm um monte de gente sem habilitação fazendo estragos por aí. O que quero dizer com tudo isso é que, como qualquer grupo esperamos ver nossa mensagem levando alegria para as famílias e sabemos que isso vai começar quando os filhos (de mães que choram) passarem a ouvir o que é bom. Tentar mudar tais situações pra gente é isso, ao invés de falarmos o que pensamos, simplesmente decidimos falar o que Deus pensa. Pode crê que é difícil fazer isso no Rap mas com certeza funciona bem melhor. Claro que o grupo não precisa ser Gospel pra dizer numa letra; ‘Aquilo que você planta é o que você colhe’. Esse é um princípio de Deus, cara, e todo grupo que se propõe a falar dessas coisas com os anos verão resultados melhores.

11) Vanguarda & Escrita: Espaço totalmente aberto, fique a vontade!

Biorki: Obrigado pelo espaço, pessoal da Vanguarda do Rap Nacional e Escrita Hip Hop, parabéns!! Sempre dando uma força na correria e nós só temos a agradecer, ta ligado? Deus abençoe a todos que correm pelo RAP desde quem faz a quem apenas ouve, Deus ama a todos e tem grandes planos para o HIP HOP.

Dj Morgado:
Agradeço ao pessoal que administra os sites aí e que com certeza suam a camisa pra manter os adeptos do movimento Hip Hop informados diariamente!
Que Deus abençoe a todos os apreciadores dos sons das ruas!
Tudo o que Deus diz é a SEU FAVOR, mano!!! Vamos buscar o melhor enquanto há tempo!!!
PAZ!!!

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Mixtape: Reviravolta Máfia – Conquista



2010, certamente um ano de Conquistas para o selo independente Reviravolta Máfia. Com diversos integrantes em aquecimento para os lançamentos de seus Ábuns, a estréia do Site Oficial e um Vídeo Clip, o selo compartilha sua alegria com seus fãs através dessa mixtape. Com participações de todos os seus integrantes, a mixtape Conquista é uma prova do talento e perserverança de um dos maiores coletivos de rappers do país.

Baixe agora com exclusividade e aguardem a versão Screwed & Chopped (por Eazy Kaos)

Biografia

Reviravolta Máfia foi criado em 2001 a princípio com um selo para lançar o single do F.A.S – Os Últimos Rebeldes. Porém, como o objetivo era expandir o projeto, foi idealizada uma coletânea com grupos que estavam produzindono estúdio com o Erick12 e que tinham uma proposta diferente dentro do rap. Então, em 2003 foi lançado o CD Reviravolta Máfia Vol. 1 com 14 grupos de diversas partes de São Paulo.

O disco teve destaque por ter sido trabalhado de uma maneira diferente do que se costuma fazer em coletâneas e logo os grupos começaram a fazer seus trabalhos solos e projetos paralelos.

Em 2004, a banca fez história sendo o 1º grupo/banca de rap nacional a lançar 2 clipes simultâneos na MTV, que foram: Reviravolta Máfia – Reviravolta Máfia e F.A.S – Revolta. Em seguida esses vídeos foram compilados no DVD Rap e Hip Hop Vol. I, onde teve grande difusão e reconhecimento do público.

Hoje, Reviravolta Máfia é um selo independente de rap, estúdio musical, produtora de clipes e artes gráficas, com diversos grupos com álbuns solos lançados e vários projetos para sair.

Gravadora: Reviravolta Máfia
Tipo de gravadora: Independente
Membros do Bando: Eazy Kaos, Erick12, Fex Bandollero, Pacheco, Man, FAS, Vigilantes MC’s, Sooblime, Don King, Preto Gênio, Xandão, Voz Negra, 51/50, Thug Black, C.L.S, Gueto Organizado, Toroká, Dj Vila e Douglas.

Download:Cartilha popular Santa Marta

Cartilha-Popular--do-Santa-Marta-Abordagem-Policial-1
Download:Cartilha popular Santa Marta | leia esse artigo

A cartilha popular do Santa Marta sobre abordagem policial nasceu da necessidade dos moradores da comunidade de conter excessos e abusos da ação policial, através da afirmação de seus direitos. Sua intenção é fortalecer a consciência de que o morador da favela deve ser respeitado pelo poder público e por seus agentes.

Para isso, a cartilha descreve os limites da ação da polícia e orienta os moradores sobre qual a melhor maneira de agir em uma abordagem e nos casos de violações de seus direitos.

Clique aqui para fazer o download


ESPECIAL:Ao Cubo-Um Por Todos



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ESPECIAL:Ao Cubo-Um Por Todos | leia esse artigo

Um por todos é o 3º Cd do grupo Ao Cubo,e sem duvidas é o melhor trabalho do grupo.

Ao Cubo já havia emplacado músicas em Cds anteriores, mas esta obra é diferente, vem numa pegada com mensagens de positividade e se faz diferente não por uma ou duas músicas bem produzidas mas sim pelo contexto da obra, é um Cd completo, são 12 faixas bem pensadas pelos músicos e produzidas por Dj Lê, o multi instrumentista Elias Rodrigues, Dj QAP (SP Funk) e o consagrado Duck Jam.

O carro chefe é a musica “Filhos”, nela Cleber e Dona Kelly que são irmãos retratam a história real deles, é um som que toca em uma realidade de muitas famílias, falta que uma figura paterna faz em um lar.

Ao_Cubo_-_Filhos.mp3

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Proibido Chorar” é a primeira faixa do Cd e inicia denunciando a realidade do jovem de periferia. E é neste ritmo que a música “Proibido Chorar” discorre, fala do crime, do descaso com o jovem suburbano e o refrão é um pedido de ajuda desses jovens, cantado por André Valadão um conceituado cantor Gospel .

O som “Terra”, é um ragga, com a participação divina de Zeider do grupo de Reggae Planta e Raiz, essa música é um alerta aos problemas ambientais que o Planeta vem sofrendo, tem uma batida de Reggae bem dançante.

“Vale ouro”é um áudio do libero da seleção brasileira de vôlei Serginho e também do Jogador de futebol André Santos é uma previa do som que vem em seguida ” Nasci pra vencer”obra que é pura energia positiva, tem numa levada dançante, trás a tona uma declaração de vitória, é aquele som pra você curtir num dia que estiver meio desanimando com as fitas da vida, neste som Dona Kelly declara em voz alta no refrão ” Eu nasci pra vencer“.

A música que dá nome ao Álbum “Um por todos” conta com a participações de peso como GOG, MP XIII, Dom Pixote, Helião, Pregador Luo, Elly Pretooriginal.

“Livre Arbítrio” trás a participação de Netinho de Paula na velha métrica Rap com samba.

“Alforria” fecha o Cd com chave de ouro, nesse som somos contemplados com uma rima de Max B.O falando de liberdade, e um breve depoimento do Dexter.

Esta obra do Ao Cubo com certeza foi fruto de muito carinho e respeito para com o Rap Nacional, foi um Cd feito com investimento não somente em 2 ou 3 faixas, são 10 faixas bem produzidas, com participações especiais, e tem também 2 faixas com os depoimentos de André Santos, Leandrinho, Max. B.O e Dexter.

Fica a dica do Portal Rap Nacional.

O Portal Rap Nacional esteve presente nos bastidores da gravação do vídeo clipe da música “Filhos” e aproveitou para entrevistar o grupo, confira:

O bairro de Itaquera na zona leste de São Paulo no ultimo dia 18 foi cenário da gravação do novo vídeo clipe do grupo AO CUBO, da primeira música de trabalho “Filhos”, que faz parte do novo cd intitulado “Um Por Todos”. Que já aparece como sendo um dos melhores cd de Rap Nacional do ano.

Nesses seis anos de existência AO CUBO já provou todo seu talento e amor ao Rap, venceram varias dificuldades, sempre com muita humildade e Fé em Deus são marcas registradas desse grupo que já conquistou seu lugar na galeria dos grandes nomes do Rap Nacional.

Nesse clima de muito trabalho e esforço o Portal Rap Nacional traz com exclusividade uma entrevista com AO CUBO.

Portal Rap Nacional – Como foi à produção desse terceiro e inédito cd?

Ao Cubo - É um disco diferente dos outros porque teve algumas participações na produção como do Dj Kiape ( SP Funk),.DJ Le que tem um bom conceito de produção, Duck Jam, Elias que produziu algumas musicas e nós no geral Nos quisemos da uma roupagem nova para o cd ficar mas eclético.

O que muda na carreira do Ao Cubo, e nesse disco em relação aos outros, o fato de vocês fazerem parte de uma gravadora?

O grupo é o mesmo, continuamos trabalhando da mesma forma, o bom de ter uma gravadora é que nós conseguimos nos concentrar mais na parte artística, ensaio, produção de show, porque antes tínhamos que ver também a parte comercial de marketing, e a gravadora abrange o Brasil e consegue distribuir com, mas facilidade e rapidez e faz a divulgação nas rádios já são em media 50 rádios no Brasil tocando nossas musicas.

Como foi feita a seleção das musicas?

O mesmo padrão de sempre, nos reunimos todos e discutimos os temas, trazemos algum rascunho de alguma idéia que surgiu. Nós fazemos temas variados para não repetir estilo e assim deixar o cd bem variado.

Vocês conseguiram reunir varias participações especiais de grandes nomes do rap, cantores evangélicos, esportistas, grupo de reggae, como foi reuni tanta diversidade em um único cd?

Sempre quisemos fazer algo assim, às vezes é difícil de chegar a certos artistas, todas as pessoas que nós convidamos são pessoas de quem gostamos e admiramos e curtimos o som também, todos trabalharam com muita humildade e fizeram o melhor possível , e o publico esta elogiando bastante.

Nas suas letras sempre tem historias reais que são contadas, nesse novo trabalho também têm uma historia real? E qual é?

Tem a musica filhos que é a historia real do Cleber e da Kelly, que são irmãos, e a historia é direcionada ao pai deles que se separou, e acabou formando outra família, quando eles ainda eram crianças.

Inclusive nos últimos dias o pai deles escutou a musica e ligou para eles, ambos se encontraram houve um pedido de desculpas por parte do pai deles que se não tinha se dado conta de todo o sofrimento causado aos filhos.Então essa musica é bem pessoal e tem muita importância para o cd.

Na musica Proibido Chorar, vocês falam de crianças abandonadas, uso de drogas, criminalidade. Vocês acham que os grupos de rap devem participar de projetos sociais? Ou esse não seria o papel do rap?

O papel do rap é fazer musica, a sociedade em si deve participar de projetos sociais, em todos os segmentos musicais se deve sim pensar no próximo.

A musica retrata uma realidade principalmente nos grandes centros o uso de drogas que esta devastando tudo e principalmente os menores de idade que estão sendo coagidos e acabam entrando no vicio das drogas e muitos infelizmente não conseguem sequer chegar à maioridade, e projetos sociais tem que envolver toda a sociedade.

Fazendo uma analise desses seis anos de trabalho dentro do Rap Nacional esse novo cd “Um Por Todos” já pode ser considerado o mais completo trabalho de vocês?

Sim esse já é o melhor trabalho feito ate hoje, o difícil não é alcançar o sucesso e sim mantê-lo, o grupo vem amadurecendo a cada dia, a cada novo trabalho, esse foi mais um degrau que subimos.

Que mensagem vocês deixam para os novos grupos que estão começando agora e já tem vocês como inspiração?

Primeiro você tem que ser verdadeiro com você mesmo, os culpados pelo rap esta em baixa, os problemas de ascensão, recepção da mídia é do próprio rap. Tem que ser verdadeiro e não ficar seguinte quem já esta na caminhada, não copiar comentários já feitos sem nem saber o porquê, indiretamente estamos citando essa criminalidade, palavrões, policia, drogas, foram seguindo alguém deu certo falando de maconha então vem dez atrás falando também, é preciso ser verdadeiro tem que ver o seu coração, seguir sua própria vivencia, pensar no que você acredita e relatar isso Porque rap é musica e musica é arte tem que ser algo artístico que venha de cada um, não pode copiar.

“Um por todos” essa é a principal mensagem que vocês querem passar para o publico do Rap?

Ao Cubo – Um por todos é o titulo da musica ela retrata a periferia, e quando dizemos um por todos estamos dizendo é Deus por todo mundo, porque é só Deus mesmo nas nossas vidas, nos relatamos os problemas e pedimos para o povo da periferia falar então nós convidamos vários rapper para cantar e cada um fala o que acha da periferia. A mensagem é essa Deus por todos que estão rimando na letra, por todos da periferia, do Brasil do mundo.

A questão infelizmente é que nem todos são por um é, e dado o espaço e cada um se expressa livremente.

Deixe agora um salve para todos que acessam o portal e que acompanham o trabalho do AO CUBO?

Ao Cubo- Agradecemos muito a Deus, a quem acompanha nosso trabalho, ou esta conhecendo agora, que compra o cd, que vai aos shows, que acessa o portal. Agradecemos a Portal Rap Nacional, pelo espaço desde o nosso primeiro cd nós temos muito carinho e afinidades com o site muito abrigado e parabéns pela resistência.

Vídeos:


Mil Desculpas


Entre o Desespero e a Esperança


Cinderela


Filhos (Ao Vivo)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Câmbio Negro e os 17 anos de Sub-Raça


Por DJ TyDoZ

Sub-Raça (1993)

Há algum tempo escrevi um artigo aqui pro CH2 que me deu enorme satisfação, sobre o primeiro disco dos Racionais. Apesar de não ser nenhum Veríssimo, acho que posso dar uma perspectiva algo interessante sobre alguns aspectos do rep brasileiro, que já amei loucamente, mas pelo qual ainda tenho respeito por tudo o que representou pra mim.

Tenho verdadeiro fascínio por matemática e gosto de números primos. Nasci num dia 3 do já distante ano de 1973, e o número primo 17 tem um significado ímpar na minha vida, pois foi com essa idade que resolvi acordar e me engajar pra valer no hip-hop.

Resgatado com a ajuda imprescindível de Genival Oliveira Gonçalves e Valdivino Monteiro Lima, duas pessoas com quem não convivo mais, mas que ainda respeito pela amizade daqueles tempos estranhos e maravilhosos. GOG e Dino Black, valeu. Por isso gosto de falar sobre datas relacionadas aos números primos, ímpares, indivisíveis, marcantes pra mim.

Camaradas, depois de alguns meses, muitos problemas de saúde e muita ralação profissional, finalmente achei tempo pra escrever um pouco sobre outro disco monumental do rep brazuca. É "Sub-Raça", do Câmbio Negro, lançado em 1993 pela gravadora Discovery. Tava querendo fazer isso faz tempo e agora foi. Espero escrever menos e melhor do que das vezes anteriores!

Putz, como adoro uma ressalva. Vai aí a primeira: não devo ficar aqui achando desculpas pra justificar meu estilo truncado com as letras, mas, novamente, conto com um pouco da comiseração de vocês. Espero que gostem.

Antes de falar do disco em si, vale destacar um pouco o clima naquele 1993, ano de gravação e lançamento de Sub-Raça. Câmbio Negro já era figurinha carimbada no circuito hip-hop do DF, e a única coisa que faltava era um disco.

Fernando Collor já se afogara em seu mar de lama, os caras-pintadas de butique tavam se preparando para votar em FHC e Racionais explodiu no país inteiro. O vinil era dado como morto e o capitalismo parecia ter triunfado de uma vez por todas. Não havia Internet nem celular.

X, letrista e vocal principal do grupo, Jamaika, vocal de apoio e produtor, e DJ Chokolaty já eram nomes muito expressivos na cena do DF naquele início de anos noventa. X já havia ganhado o mais importante concurso de rep da história da cidade. Jamaika já era bem conhecido como dj e um dos maiores conhecedores de música negra do meio. Chokolaty era o mais destacado DJ e dono da maior coleção de vinis de hip-hop do Centro-Oeste.

Câmbio Negro apareceu de verdade para nós quando abriu o primeiro show do Racionais no Distrito Federal, acredito eu que no final de 1992. Quem esteve naquele dia na defunta boate Kremlin ainda tem muitas das imagens daquela noite na retina. Câmbio Negro e Racionais juntos. Foi inacreditável.

Racionais acabara de lançar “Holocausto Urbano” e a cena repeira no Brasil tava pegando fogo. Aliás, tava pegando fogo no mundo inteiro. Faltava algum grupo do DF fazer contraponto de verdade ao já estabelecido rep paulistano.

Câmbio Negro veio pra falar as nossas gírias, de nossa realidade e de nossas influências. “Véi” em vez de “mano”, “quebrada” em vez de “área”. Samplear AC-DC e Gerson King Combo sem receio. Era a identidade candanga nos sons. Os pioneiros DJ Raffa e os Magrellos, Baseado nas Ruas, GOG e DF Movimento já tinham registros em vinil e reconhecimento no meio repeiro. Mas foi com o Câmbio Negro que o DF definitivamente se firmou como grande centro de hip hop no Brasil. Foi quando realmente nos deram ouvidos.

Pouco tempo depois daquele show de abertura pro Racionais, a formação clássica do Câmbio se consolidou com X nos vocais e Jamaika nas picapes e na produção. Há quem especule ainda hoje como seria se o CN tivesse mantido a mesma estrutura nos anos seguintes...

Véi, também sempre me perguntei o que teria acontecido se o Câmbio não tivesse virado banda e se Jamaika não tivesse saído pra trilhar outro triste caminho. Não vou falar exatamente agora sobre esse traumático período pra todos nós, já que ainda sentimos na pele os efeitos daquela rixa que destruiu a tíbia união que tínhamos. Quem sabe em 2011, quando a briga fará 17 anos? Veremos.

Voltando ao assunto do disco, faltava alguém ter peito pra gravar sons já muito conhecidos em todas as satélites do DF, músicas como "Não pare" e "Cadáver Ambulante". Um desconhecido dono de uma pequena e obscura lojinha de discos de vinil no centro comercial de Brasília, de nome Genivaldo, teve clarividência suficiente para perceber a rica cena repeira que fermentava freneticamente na periferia de Brasília. Teve faro e ótima visão empresarial. Foi ele quem lançou o primeiro EP de GOG, ainda em 1992, vinil que é uma raridade e um clássico do rep candango.

Apesar de tímido, de tiragem limitada, o disco compartilhado entre GOG e Mc Zeux rendeu bons frutos e deu a Genivaldo segurança e coragem para investir em outros discos de repe em português, e, principalmente, no primeiro disco dos famosos negões carecas da Ceilândia. Para isso foi montado um time de primeira visando viabilizar aquele disco que já era sucesso antes de ter saído.

Foi escalado DJ Raffa, mais importante produtor da história do rep nacional, para materializar as ideias de Jamaika e X. Wanderlei Pozzembom foi contratado pra fazer a foto da capa. As escolhas musicais feitas por Jamaika, as letras de X e a técnica de DJ Raffa resultaram em um dos maiores clássicos de nosso repe brazuca.

Jamaika, versátil artista, não só co-produziu o disco, como também fez os riscos e escreveu parte das letras. O poderoso vocal de X e seus contundentes versos ganharam acompanhamento adequado com as bases produzidas por Raffa. Wanderlei conseguiu transformar o infortúnio em arte visual.

Por falar em Raffa, não deixem de ler o livro “Trajetória de um Guerreiro”, escrito por ele. Lá Raffaelo trata em minúcias deste assunto.

Outro momento digno de nota foi uma apresentação feita por Câmbio Negro e Baseado nas Ruas num evento chamado “Jogo de Cena”, famoso na cidade do avião por juntar as revelações do teatro e da música num mesmo palco. Visto preconceituosamente por muitos de nós como “circo de playboy”, foi rara oportunidade para presenciar uma das cenas mais marcantes de que me recordo.

Raffa estava finalizando as bases do disco do CN quando o Baseado nas Ruas foi convidado pra tocar no SESC do Plano Piloto de Brasília. O cara resolveu incluir no meio do show de seu grupo uma apresentação do Câmbio Negro, duo totalmente desconhecido da plateia. Ninguém sabia qual seria a reação do público. Vaias? Aplausos pouco entusiasmados? Indiferença? Afinal, não era público de rep. Era um “monte de boy branquinho do Plano”.

Quando X entoou o primeiro refrão de Sub-Raça, tudo veio abaixo. Véi, foi uma inacreditável catarse coletiva, que me faz abrir um sorriso de satisfação e saudade. Um monte de gente comportada, de outra realidade, gritando “sub-raça, sub-raça, é a puta que pariu!” com toda a força. Pediram bis. Ovacionaram longamente. Viram o nascimento de uma lenda do repe nacional. Câmbio Negro não roubou a noite, ele a imortalizou. Fomos uns duzentos sortudos naquele dia.

Ah! uma curiosidade sobre a capa do disco. Na hora em que o fotógrafo Wanderlei Pozzembom ia tirar a foto pra capa, acabou a luz em toda a Ceilândia. X me ligou perguntando se eu não poderia conseguir um carro pra levá-los a outro lugar pra tirar as fotos. Não consegui e eles resolveram usar luz de vela pra foto. Até nisso os caras acertaram. A foto principal ficou sensacional e até o problema de fotolito que arruinou a contracapa não atrapalhou o belo conceito do álbum.

Lembro como se fosse ontem o dia em que Jamaika me ligou pra dizer que o vinil tinha acabado de chegar na loja da Discovery, ainda sem capa. “Corre pra lá pra pegar o teu. Já tô indo”. Eu e Dino Black sabíamos que o disco ia chegar naquela semana. Ficamos em casa ao lado do telefone na segunda, na terça e, na quarta, veio a notícia. Tinha chegado afinal.

Saímos correndo de casa pra pegar um buzão e ir buscar logo nossas cópias, mesmo sem capa. Foram momentos mágicos, inesquecíveis, ver que finalmente X e JMK estavam tendo a oportunidade que mereciam. Uma grande porta tava se abrindo naquele momento. Porta que nós mesmos fecharíamos logo depois.

A volta pra casa naquela tarde de quarta-feira foi ainda mais memorável. A gente dentro do coletivo carregando discos sem capa com autógrafos nos rótulos, segurando-os como um tesouro desconhecido pelo resto do universo. Fomos tomados por uma espécie de incontrolável fome musical e de um orgulho sem precedentes. Chegara a nossa vez! Chegou a vez do rep do DF!

Sentíamo-nos privilegiados. Seríamos os primeiros a ouvir o vinil. Tínhamos os primeiros autógrafos da dupla que mudaria o destino do rep candango. Naquele dia “Sub-Raça” foi tocada lá em casa umas duzentas vezes, para irritação de minha mãe, que nunca suportou palavrão em música. Ainda mais “puta que o pariu”!

A primeira tiragem vendeu como água no deserto. Todos vendidos sem capa. Não se falava de outra coisa a não ser do disco dos caras. “Quando vão fazer o show de lançamento aqui no DF?” era a pergunta mais freqüente nos bailes. X e Jamaika viraram celebridades instantâneas em poucas semanas, sem divulgação alguma.

Tive a sorte de acompanhar esses momentos de perto. Pude estar próximo de pessoas como Tutão, GOG, X, Jamaika e Japão no início de suas carreiras. Gosto de falar disso. Me orgulho disso. Bate saudosismo e um grande arrependimento pelo que deixamos de fazer. Em vez de contemporizar, jogamos lenha na fogueira. Paciência. Já era.

Cara, outro dia perguntei pr’um moleque, que se diz fã de rep nacional, se ele curtia Câmbio Negro. E ele respondeu com outra pergunta: “de quem cê tá falando?” Ver que um monte de moleque por aí não faz a menor idéia do que Câmbio Negro representa me deprime, me indigna, me revolta.

E temos boa parte da culpa, por que todos agimos como Iago em Othello de Shakespeare. Fomentamos a intriga pra ver o circo pegar fogo. Pegou mesmo e só não morreu gente por sorte.

Por outro lado, parece que há hoje um movimento organizado em prol da desinformação. Vários “DJs” que não tocam os clássicos do rep nacional em seus programas, que não valorizam o rico passado que temos. O presente e o futuro dependem disso, de conhecimento sobre nossas raízes.

Jaqueline Fernandes, da ótima produtora Griô Produções, pretende fazer um documentário sobre X e Câmbio Negro. Vai sair, Jaque, tem que sair. X tá na dele, mas tá mais vivo que nunca. Breve terá notícias dele.

Galera, não vou comentar as faixas uma a uma. Melhor parar por aqui. Prefiro que comprem ou baixem o disco. Verão como esse LP é sensacional.

Pra terminar, rendo graças a Allah por ainda existir uma molecada segurando a onda do bom rep nacional nos quatro cantos do país. Lindomar 3L, Ataque Beliz, entre outros. Gente que sabe o que Câmbio Negro representa.

Nos vemos por aí ou na próxima vida.

Um maravilhoso 2010 a todos.


Matéria publicada em 20/01/2010.

Dia nacional do grafite é comemorado em diversas cidades do Brasil


Em comemoração ao dia nacional do grafite, celebrado em 27 de março, diversas regiões do país realizam, nesta semana, um conjunto de atividades para reunir artistas e mostrar ao público a preciosidade da arte.

Grafite, também escrito usualmente como graffiti (em italiano), é uma vertente do hip hop que se consolidou, nos últimos anos, como uma forma artística de expressão no âmbito das artes visuais, sobretudo da arte urbana.

A data escolhida para a celebração nacional — 27 de março — é uma homenagem a Alex Vallauri, considerado precursor da linguagem do grafite no país. A data faz referência ao trabalho realizado no túnel da Avenida Paulista pelos amigos do artista no dia seguinte à sua morte, em 26 de março de 1987.

Alex Vallauri é uma grande referência da cultura do grafite no Brasil, tanto para artistas que, como ele, já pintavam nas ruas nos anos 70, quanto para os jovens grafiteiros de hoje. Vallauri tornou-se conhecido por ter realizado, na cidade São Paulo, várias intervenções artísticas com a técnica do molde vazado (stêncil), herdada do movimento Pop Art.

GOG, o Rap da luta rimada

Saiu hoje (21/02) no Rapevolusom, "GOG fala sobre o envolvimento do Hip-Hop nos acontecimentos importantes no Brasil". Vem das terras gringas as expressões “Concious Rap” (Rap Consciente) e “Political Rap” (Rap Político), formas que, no início dos anos 1990, misturadas ao caldeirão politizado dos jovens da periferia, foram as estruturas do movimento no Brasil. Na década de 80, no início do que seria o movimento Hip-Hop brasileiro, o elemento dança foi o destaque principal. As primeiras rimas do Rap brasileiro eram ligadas aos passos do estilo então denominado “Break” e ao universo dos bailes. Assim como na Jovem Guarda, os artistas como Pepeu (MC e DJ), Mike, Bacana, Ndee Naldinho, entre outros, faziam versões descontraídas dos sucessos do Rap internacional, músicas com bastante aceitação nas festas. Assim se desenvolvia a primeira geração do canto falado.

Avançando no tempo, chegamos ao som da dupla Thaide e DJ Hum, as músicas “Corpo Fechado”, e “Homens da Lei” já traziam a denúncia e a crítica social em seu DNA, algo que remetia ao discurso de “The Message” e ao primeiro disco do Public Enemy ( Yo! Bum Rush the Show -1987), mas com a realidade brasileira sobreposta em bases pesadas e dançantes. A partir daí, a história é conhecida, através do sucesso de Thaide e DJ Hum e dos bailes promovidos pelas grandes, médias e pequenas equipes, os jovens conheceram Região Abissal, Código 13, Racionais MCs, DMN, Baseado Nas Ruas, Pepeu, Ndee Naldinho, Sampa Crew, MT Bronxs, Câmbio Negro, Sistema Negro, Filosofia de Rua, Black Panters, Gabriel o Pensador, Ryo Radikal Repz, MRN, Pavilhão Nove, Posse Mente Zulu, De Menos Crime, Comando DMC, GOG, entre outros grupos, DJs e MCs.

Percebemos a força que o Rap consciente desenvolveu em meio ao furacão da situação política, cultural e socioeconômica do Brasil, o que chamou a atenção de políticos de esquerda, intelectuais e da grande mídia, mesmo com a aversão ao “grande sistema da comunicação” por grande parte dos rappers. Os pontos altos dessa fase são os lançamentos de “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MCs, e dos discos do Facção Central, DMN, Xis, Realidade Cruel e GOG. Esse período registrou um mix de rimas politizadas com o discurso periférico que foi influenciado pela estética do gangsta Rap desde 1992.

O Rap político faz parte da identidade da nossa cultura, muitos espaços foram conquistados pela geração militante do Hip-Hop. GOG, em entrevista ao jornalista Alexandre de Maio, no Fórum Social Mundial, falou sobre a importância da articulação do Rap e do Hip-Hop social, investindo seus esforços na periferia e nas favelas. Sem desprezar as outras iniciativas da cena, o rapper do DF elogiou o trabalho da equipe do Indie Hip-Hop, evento anual que promove shows de artistas do cenário alternativo internacional e local, mostrando que é preciso mais eventos como esse. GOG leva a bandeira do Rap Consciente/Político. Ao abordar as formas de comunicação para uma mudança efetiva, o Poeta citou os trabalhos independentes dos sites e blogs nacionais.

O Rap também é arte, suas diversas formas devem ser respeitadas. O que não podemos é perder de vista a realidade brasileira. GOG e os outros artistas que mesclam criatividade com consciência política apartidária estão na linha de frente dessa luta rimada.

[+] Saiba mais sobre o rapper GOG

Na Correria: "Crente Que Mata Crente", o novo trabalho do grupo Alternativa C


Grupo formado no ano de 1995, com a saída de MC Dom do grupo Filosfia de Rua, o Alternativa C ingressa no cenário fonográfico no ano de 1998 com o single "Apenas Começando". A faixa "Sonhos Parte II" foi uma das mais executadas nas rádios do gênero na época e fez com que o grupo tivesse uma grande repercusão no cenário gospel e também no secular. Em 2004, o disco "Por Que A Cor Incomoda?" foi lançado pelo selo independente S.D.C produções, com esse disco o grupo deixa sua marca registrada no cenário.

No ano de 2010, o grupo formado por MC Dom e J.MC, que já dividiram o palco com grandes nomes da cena secular, como, Racionais MCs, Consciência Humana, MV Bill, além de apresentações em programas das emissoras TV Cultura, RIT TV e Rede Gospel lançam o novo trabalho "Crente Que Mata Crente", que já pode ser adquirido no formato SMD.

[+] Ouça e baixe "Pelo Próximo"
[+] Visite o Site do Alternativa C

terça-feira, 23 de março de 2010

Buzo entrevista DJ CIA



Dj Cia o vilão dos toca-discos
Dj Cia o vilão dos toca-discos

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Entrevistado por Alessandro Buzo

Buzo: Lendário RZO, comente o antes e o agora do grupo ?
DJ Cia: Antes o Rzo era sempre aquela grande rapaziada no palco, varios talentos reunidos com a inteção de mostrar um estilo diferente a cada voz que se apresentava ao microfone, com a intenção de lancar esses artistas no mercado com trabalhos solos.
Hoje o rzo esta de volta , mas ainda se reestruturando para voltar sem perder a essencia e tambem mostrar que esta atualizado no que esta acontecendo no rap hoje. Estamos fazendo shows cantando musicas novas e musicas antigas, tambem tem sido muito gratificante, as pessoas tem gostado e comparecido, isso é um grande incentivo pra gente e eu particularmente admiro muito isso e fico muito feliz quando encontro essas pessoas.

Buzo: Como vc que corria junto (no RZO), viu a ida da Negra Li pra multinacional, cinema, TV ?
DJ Cia: Pra mim foi normal porque ja era o que planejavamos, ela tem muito talento, canta bem e merece estar onde esta, o rap no brasil é muito dificil, se você não tiver uma empresa investindo na sua carreira pra que você possa se dedicar apenas a fazer as suas musicas ou produções, fica mais complicado de as coisas acontecerem, é logico que algumas atitudes as veses deixam a gente chateado, mas quando você deixa um pouco as pessoas que você se relaciona e conhece outras, se não tiver consciência acaba chateando algumas pessoas que tinham você mais proximo, mas isso é normal e só a convivencia corrige isso. Mas fortalecendo é muito importante que vejamos isso, como um fortalecimento ao hip hop e mostra que se você não tiver uma estrutura ou dinheiro pra fazer um bom show uma boa apresentação, uma boa divulgação e distribuição da sua musica, o seu marketing, você vai demorar muito pra mostrar pras pessoas o seu talento e a sua musica

Buzo: Como anda sua carreira internacional, o que destaca nas apresentações que fez no extrangeiro ?
DJ Cia: Eu estou começando lá, tenho feito várias coisas mais ainda não acertei na mosca, o que realmente quero.
Estou com varios contatos, tenho feito muita musica com artistas de lá pra que eles conheçam o meu trabalho, a concorrência é gigante, mas já estou feliz te ter feito esses sons. Estou deixando minha marca lá aos poucos, fiz alguns trabalhos pra Rocafella, um documentário, no caso existe algumas musicas que produzi, mas como disse ainda estou comecando, é meu sonho gravar com artistas grandes, estou me esforçando pra isso.

Buzo: Onde podemos ver DJ Cia em Ação no momento ?
DJ Cia: Estou sempre tocando pelo Brasil e fora também, minha agenda sempre está no www.myspace.com/djciabrasil onde posto tudo ou quase tudo, mas em sp tem um kljay e dj cia, logo mais vistem a pagina e aproveitem pra escutar minhas musicas

Buzo: Big Ben Bang Jhonson, como é fazer parte desse bonde ?
DJ Cia: É loko estar tocando com todos os manos juntos, fiquei feliz por ter recebido o convite do Ice Blue e Mano Brown, bom tambem porque conversamos de como estão as coisas e o que pode ser feito pra que melhore nas nossas musicas.
E o que podemos ajudar com a rapa que está também trabalhando, a idéia do bangue é mostrar a força das musicas e dar uma movimentada diferente, outros manos deviam fazer o mesmo, juntar se e trocar mais ideia.

Buzo: DJ Cia produtor, o que tem feito ?
DJ Cia: Agora estou terminando o disco do rzo, estamos tendo uma participação no disco dos Racionais, estou fazendotambém algumas musicas pro meu disco, estou fazendo algumas musicas de uns manos nosso de Pirituba, o Guerrilheiros, ajudando na produção do Funcao RHK que desta vez esta por conta do DJ Celo, estou fazendo o disco fo black moob, rapaziada do Queens, familia moob, o disco vai ter participações de artistas nacionais e tambem trabalhando junto com Helião e Sandrão
no projeto wubrasil

Buzo: Como vê o Rap e o Hip Hop no momento atual ?
DJ Cia: O rap ao meu ver está perdido, me desculpem a franquesa, ninguém ta fazendo algo que dê uma explosão mesmo e precisamos disso, digo até mesmo do nosso lado. Existe uma formula e é o que corremos atrás, do jeito que esta é muito comodo, não vai mudar nada se continuar assim, precisamos colocar o rap na rua, nos carros, nas casas, nas rádios, tem que ser febre como o samba, as pessoas tem que cantar como se canta samba, o samba é da favela, não é dos boys, você não vê boy fazendo samba a diferença é a união.
pô é loko sim, underground – freestyle – etc…. mas todos são um só nego, enfraquece ao invés de fortalecer, está cada um no seu canto, ninguem fala de ninguem, não ajuda, não comenta, não fala bem, só fala mal, se não for do seu bolo então…. ta errado. Pensem nisso.

Buzo: Existe nova e velha escola, o que pensa sobre isso ?

DJ Cia: Penso que é loko, são manos chegando que pegam um pouco do que foi feito antes, ja existe uma trilha, cada um vem seguindo a sua maneira, hoje ja esta mais fácil do que antigamente, eu pra tocar antes tinha que pular catraca de onibus, pular a estação do trem, ir na festa e pedir pra fazer um teste, hoje nego manda o som pela net, o dj manda o mix tape ou baixa as musicas e ta tocando nas festas, sendo bom ou ruim, o problema é, como tem muita gente fazendo isso, tem um monte de ruim tomando lugar de um monte bom.

Buzo: O que te deixa feliz e o que te deixa chateado ?
DJ Cia:
Fico feliz de ver as pessoas cantando as musicas, as pessoas unidas, multidões….fui no show da Beyonce e fiquei emocionado em ver aquela multidão, crianças, pais com seus filhos cantando a musica dela, que é a nossa musica black, o que nos gostamos e crescemos ouvindo, é ai que digo, a musica tem que chegar pra essas pessoas, musica boa, não se enganem, se tiver ruim ou escutar alguem dizer que ta ruim, não fique bravo, vai refazer pra que fique melhor.
Vai ser melhor pra você do que pra pessoa que disse que estava ruim, ela só te ajuda a melhorar.

Buzo: Considerações finais ?
DJ Cia: Obrigado aos que torcem pelo que estou sonhando, os que mandam suas opniões, aos sites, aos amigos, aos djs, só tenho a agradecer o respeito que vocês tem pelo meu trabalho, é muito dificil, estou aprendendo também a cada dia.
www.myspace.com/djciabrasil

segunda-feira, 22 de março de 2010

NOSTRAMAMOS APRESENTA

Imaginem um coletivo dos melhores grupos de RAP do Distrito Federal, unidos por um único objetivo; Não somente fortalecer o rap brasiliense, mais também mostrar em um só show as melhores músicas feitas na atualidade.
Imaginaram? Pois foi essa a iniciativa que os grupos Viela 17,Vadioslocus, 3 um só,Tribo da Periferia e Look tomaram para representar o bom rap nacional.
Portanto, fica registrado que a partir do dia 21 de Março de 2010, todos estarão juntos em um coletivo.
Idealizado pelo produtor Bira, do selo NOSTRAMAMOS, e pelo rapper Japão, que comemora esse ano, duas décadas de carreira, o FORÇA 1 leva aos palcos do Brasil Dj Tiago, Dj Bolatribo, Look, Duckjay, Feijão, Diey, Killy, Bozó, além do próprio rapper Japão.

“Independente do formato individual de cada grupo, o FORÇA 1 promete o melhor show de RAP,com várias canções já conhecidas pelo Brasil.” Afirma Bira.
Então é só aguardar o grande dia, o grande coletivo, e um grande grupo!

Em breve aqui, maiores informações sobre o coletivo.

Via: Assessoria de imprensa e Radar Urbano.

ADEUS RAINHA!!!DINA DI..

Mais um adeus a Rainha do Rap

Postado por Mandrake em 22 de março de 2010 ás 13:35
Viviane-e-Aline---Credito---Arquivo-Pessoal---Portal-Rap-Nacional-www.rapnacional.com.br
Dina di com sua filha Aline, ainda na maternidade | leia esse artigo

Morre Dina Di, grande guerreira do hip hop nacional


por Jéssica Balbino

Com uma vida nada fácil, ela foi a primeira a esmurrar a porta do barraco brasileiro e anunciar as mulheres no rap. Uma mina de fato, como poucas dentro do hip hop.
A atitude e a força na voz a fazem a “Rainha do Rap”, eternizada mesmo após a confirmação da sua morte às 23h30 de sexta-feira (19).
Vítima de uma infecção hospitalar após o parto da filha no último dia 2 de março, Dina Di deixou o mundo que nem sempre lhe foi o melhor lugar e partiu.
No legado ela deixa o estilo e a rima na ponta da língua. Tinha o rapper na carne e transformava as feridas arrombadas em letras.
Dos CDs gravados, ficou conhecida após se apresentar como “a noiva de chuck” e o casamento só aconteceu há pouco tempo.
Conheceu o hip hop aos 16 anos e escondida em roupas largas e bonés, apresentou as primeiras rimas, sempre defedendo o universo feminina.
Morreu após dar a luz, na maior representação feminina que existe, o parto e o nascimento de um filho. Por ser conhecida, tem a história divulgada.
Vítima de mais um sistema de saúde falido no nosso país.
Com a visão que tinha da rua, montou um grupo de mesmo nome e gravou três CDs que ganharam os guetos rapidamente.
Entre as vozes femininas do rap, Dina Di foi quem mais levantou a bandeira do movimento. Vítima do próprio sistema que tenta combater, viveu uma vida literalmente à margem da sociedade.
Não teve tempo de amamentar a filha como deveria e nem de vê-la crescer. Deixou mais uma, entre as milhares do Brasil, criança sem mãe neste país que não é pátria.
Mesmo sendo quase invisível no sistema que o hip hop combate, ela foi uma denúnciua andante, conceituou o rap na carne.
Sempre teve medo de descern do palco e ver a Dina Di morrer. Antes de ir para o hospital, estava agendando shows por todo o Brasil. Não deu tempo de visitar Poços de Caldas.
Antes de se tornar conhecida, perdeu as contas de quantas vezes passou pela Febem desde que fugir de casa, aos 13 anos.
O pai de Dina Di era mestre de obras e morreu engasgado com um pedaço de carne num boteco, na periferia. A mãe dela era camelô e foi assassinada dentro de casa, uma morte lenta e dolorosa, ela foi asfixiada com um pedaço de pano que lhe enfiaram na garganta, enquanto estava amarrada com os fios do varal de roupas.
Mas, nada disso a impediu de escrever com as vísceras e alma, relatando todasas dores que a perfuram.
Certa vez uma reportagem foi finalizada com a seguinte frase: “palco, diante de milhares de sobras humanas com voz e com raiva, Dina Dee e os seus têm chance de não morrer no beco”.
Que pena que o otimismo não foi o suficiente. Ela morreu antes da hora. Se foi antes do tempo. Não ensinou tudo que podia e nem cantou tudo que queria.
Mas, talvez nós, que acompanhamos esta trajetória e sabemos das dores de sermos tachados de trapos humanos consigamos melhorar um pouco a nossa periferia, a nossa volta e não percamos mais mulheres para a saúde falida do nosso país.


Guerreira, vai com Deus, vai em paz !
Hoje o hip hop chora: paz, amor, diversão e união a todos irmãos que compartilham a mesma dor desta perda horrível !
Rainha, tá doendo muito, viu !

Serviço - Dina Di foi sepultada no Cemitério da Vila Formosa às 16h de sábado (20/03/10)

A família Hip-Hop brasileira presta sua homenagem

“Essa notícia foi um baque e deixou meu sábado muito triste. Dina Di foi uma grande representante do rap feminino e brasileiro. Uma guerreira muito importante, que fez as mulheres ganharem mais respeito na cena. Com a perda dela, todos nós perdemos um pouco da nossa força. Espero que, agora, ela consiga a paz que todos nós procuramos.”
(Thaide)

“Dina Di foi uma pessoa muito batalhadora, mãe dedicada e muito talentosa no rap. Viveu uma realidade difícil e venceu. Uma pessoa maravilhosa e de muito carisma. Tive a honra de conhecê-la e participar de eventos junto com ela, que abriu portas para outras mulheres no Hip-Hop. Desejo muita força à família dela. Fica o exemplo de uma guerreira que sempre segurou a onda.”
(Nelson Triunfo)

“Triste demais! Dina Di: mulher, irmã, mãe e grande artista. O Hip-Hop perde muito e o Brasil, mais ainda! Esteja em um bom lugar, amiga!”
(GOG, via Twitter)

“Perdi uma amiga, o RAP NACIONAL perdeu uma mulher linha de frente no que fazia. Existem perguntas sem respostas… Por que ela ? Enfrentou tantas barreiras, passou dificuldades, conquistou alguns sonhos, se converteu, casou e após um grande momento de felicidade, o nascimento de uma filha… acontece essa fatalidade. Viviane, esteja em paz! Nunca vamos nos esquecer de você e o que você fez pelo RAP”
(Mandrake – Portal Rap Nacional)

“Conheci a Vivian há 17 anos. Foi amiga, parceira, e demos muita risadas na vida. Com certeza ela irá deixar muitas saudades. Peço a Deus que tenha muito cuidado com ela. Uma grande mãe, mulher e irmã, assim é como vou definir esta guerreira chamada Dina Di. Agora, fica a lição de amar e respeitar quando se está perto, pois depois ficam somente as saudades.”
(Japão – Viela 17)

“Guerreira, pioneira, rimadora, mãe, esposa. Humana. Respeito e Paz pra Dina Di.”
(Kamau)

“Dina Di foi um incentivo moral pra todas as mulheres que estão no Rap hoje levar a diante o seu sonho, ela é a prova de que mulher também pode fazer um bom Rap, ela tem uma história de garra e muita luta, venceu vários obstáculos e sem dúvidas é e sempre será um grande ícone pra nós, tanto mulheres como também para os homens!”
(Lya – As Donnas)

“Não cheguei a conviver com a Dina Di, mas sempre fui fã dessa guerreira. Uma mulher de muita luta, fibra, que sempre foi linha de frente e nunca deixou a peteca cair. Ela foi um exemplo de poesia positiva que levou e ainda vai levar esperança para muita gente. Pena que, em vida, ela não recebeu o reconhecimento à altura do que merecia.”
(Criolo Doido)

“Para grande parte dos MCs brasileiros, e eu me incluo nesta lista, Dina Di foi e continuará sendo uma grande influência. O Visão de Rua foi um marco no rap brasileiro, principalmente pelo pioneirismo de colocar a voz feminina na cena. Ela foi uma guerreira de muita voz ativa, que nos deixa como herança músicas muito bonitas e sentimentais.”
(MC Rashid)

“Perdemos uma grande mulher, que representou muito dentro da cultura Hip-Hop, com talento e personalidade. Dina Di deixa um grande legado pras pessoas e sempre será uma forte referência na nossa cultura. Deixo meus sentimentos aos familiares e às pessoas próximas dela. Dina Di, que Deus a tenha.”
(Sombra)

“A primeira mulher que ouvi fazendo rap nacional foi a Rúbia do RPW e, na sequência, a Dina Di. Pude conhecê-la pessoalmente numa oportunidade no Rio de Janeiro, mais foi um papo rápido, em que o tempo só me permitiu dar um disco do Daganja e falar o quanto as letras delas foram importantes para minha formação no rap. Não acredito que a vida acabe com a matéria, espíritos guerreiros como o dela tendem a voltar logo. Uma pena ela não ter feito show na Bahia. Muita luz e respeito a todos.”
(Blequimobiu – Versu2)

“Esta foi uma perda grande pro rap brasileiro. Como pessoa, ela foi uma guerreira que passou por várias dificuldades de cabeça erguida. É triste vermos ela partir ainda tão jovem, mas sua mensagem e sua música nunca vão morrer. Lamento muito e espero que Deus cuide dela e conforte seus familiares.”
(Alessandro Buzo)

“Ela era não só uma voz feminina dentro do rap, mas a própria voz do rap. Uma guerreira que ajudou o rap a chegar onde está hoje e que encantou muita gente com suas letras. É muito triste perdermos uma poeta das ruas. Desejo muita força à família dela e à família que ela deixou no rap, na qual eu me incluo. Espero que ela esteja bem e, de onde estiver, sei que ela quer que o rap continue e que a gente prossiga levando o rap a sério, como ela sempre levou.”
(DJ Marco)

“Esta foi uma grande perda pro Hip-Hop. Dina Di foi uma pessoa que contribuiu muito com a cultura de rua, que trouxe uma cara feminina com poesias contundentes, reflexivas, e opinião firme. Graças a ela, as mulheres deixaram de ser coadjuvantes no rap, porque ela foi uma protagonista, uma divisora de águas no rap brasileiro e exemplo pra muita gente. Toda a Pau-de-dá-em-doido lamenta muito. E que isso sirva de alerta para o Hip-Hop valorizar as pessoas em vida, porque, perto do que ela representou e da importância que teve, o que ela conquistou foi pouco.”
(Enézimo)

“Sem sombra de dúvida, Dina Di foi a mulher que mais inspirou as meninas do Hip-Hop a seguirem não só na música, como também no engajamento político, com muita seriedade. Ela vai ser sempre a musa inspiradora de quem faz Hip-Hop de qualidade e com atitude. Esta foi uma perda terrível em um momento em que o Hip-Hop tem que se repensar. Que descanse em paz. E que seus familiares tenham força e fiquem felizes porque conviveram com uma guerreira batalhadora e iluminada, que cumpriu sua missão com muita garra e humildade.”
(Markão – DMN)

“Convivi pouco com a Dina Di, mas sei que ela teve uma história de vida difícil, perdeu a mãe de forma trágica e foi uma guerreira, prosseguiu na batalha e venceu. Agora, ela faleceu ao colocar uma filha no mundo. Torço para que essa menina siga os passos da mãe, que seja guerreira como ela, que tenha a mesma determinação e consciência. Lamento muito, mas temos que pensar que a morte é ruim só para quem fica, ela faz parte da vida. Espero que a família da Dina Di seja forte neste momento e entenda que ela fez a parte dela e deve estar em um bom lugar.”
(Zulu King Nino Brown – Universal Zulu Nation)

“Uma mulher que superou toda as adversidades da vida. Mesmo com problemas, sempre se mostrou competente com o trampo e estava feliz em ser mãe. Calaram o grito de uma grande guerreira.”
(Edd Wheeler)

“Quando eu ouvi falar de Hip-Hop, eu ouvi Dina Di. Achava incrível como uma mulher estava no mesmo nível de equidade que os homens dentro da cultura, com presença e respeito de homens e mulheres, admirei de primeira e foi essa postura que abriu caminho para outras rapperes entrarem nesta cena com respeito. Mulher de raça que amou o Hip-Hop como amou a sua própria vida. Ficamos mas próximas há um ano e comprovei o quão guerreira, verdadeira e extraordinária Dina Di foi e continuará sendo. Eu aqui no Rio de Janeiro, juntamente com todas as outras mulheres guerreiras do Brasil manteremos a memória e o trabalho da Dina Di vivos. E como a Dina gostava de pontuar: É hora de Avançar… Dina Di na Ativa!”
(Re.fem)

“Conheci a Dina Di pessoalmente em 2003. Apesar de estar sempre com a cara fechada em seus sons e videos, ela era uma mulher de bom coração. Em novembro, no Hutuz 2009, foi a última vez que conversei com ela, as expectativas dela para o 2010 eram as melhores possíveis. Infelizmente ela se foi, infelizmente pessoas de bom coração sempre se vão bem cedo. Deixou para todos o seu legado, suas músicas e mostrou que mesmo entre pedras, lama, cascalho, sempre é possível o nascimento de uma flor. Desejo Luz para esta passagem dela e inteligência para as pessoas que ficaram e estarão conduzindo a vida dos menores que ela deixou. Oracões são sempre bem vindas neste momento.”
(B.Dog – Rapevolusom)

“Dina Di não foi a primeria mulher a cantar Rap, mas com certeza foi a que mais se destacou. Rompeu barreiras, como mulher, com a música e mostrou para toda uma geração do Rap, que uma mulher pode fazer o que imaginar. Teve um vida que daria um filme e foi uma das artistas mais autênticas que conheci. Escrevendo uma letra de Rap foi um dos maiores talentos que já vi. Apesar da sua habilidade para outros ritmos musicais sempre apostou e insistiu pelo Rap. Um exemplo de luta e de um trabalho bem feito. Que infelizmente se foi quando sua vida finalmente tinha se tornado mais tranquila. Fazer letras como a Viviane é para poucos seja homem ou mulher. Uma perda incomparável para o Rap. Descanse em paz, depois de uma vida de muitas tristezas. Força e Luz para o Thok e sua familia.”
(Alexandre de Maio)

“… morreu frágil, sem implorar. feito flor que rasteja, mas que a primavera não pode humilhar.” Escrevi p/ minha mãe, mas serve p/ Dina.
(Sérgio Vaz – via twitter)